domingo, 2 de outubro de 2011

A importância do engatinhar


O Engatinhar

   Os educadores sempre escutam dos terapeutas: Na dúvida, engatinhe, engatinhe, engatinhe!! Isso simplesmente significa que o engatinhar é uma atividade fenomenal para um adequado desenvolvimento infantil e para um bom desempenho acadêmico.



Geralmente, pediatras, pais e educadores não dão à devida importância para o engatinhar e, isto acaba interferindo posteriormente, de forma negativa na vida da criança.



Como Terapeuta Ocupacional, é muito comum observar crianças com a habilidade de leitura baixa, dificuldade em cruzar a linha média de seu corpo, pobre estabilidade postural e pobre habilidade de escrita e controle motor fino; devido ao fato delas não terem vivênciado o engatinhar de maneira significativa.



As crianças e bebês devem explorar a posição prono (barriga para baixo) o maior tempo possível desde quando elas conseguem obter controle postural de pescoço e cabeça para brincar ou explorar o ambiente.



É importante ressaltar que crianças que não exploram a posição prono de maneira devida pode apresentar dificuldades no desenvolvimento e no desempenho acadêmico posteriormente. Com isso, sugiro que bebês não fiquem mais de que 30 minutos por dia no andador, jonny jumpers e cadeirinhas para que não haja retardo no desenvolvimento motor.



Fazendo a atividade do engatinhar, você promove para crianças e até mesmo adolescentes, um bom desenvolvimento nas áreas citadas abaixo:

 

1.Acalma o indivíduo, já que a atividade ativa os receptores de "trabalho pesado" (proprioceptivos) nos músculos e articulações;

 
2.Fortalece músculos que auxiliam na respiração;



3.Ajudam crianças a sentarem melhor na cadeira, já que a atividade promove o fortalecimento dos músculos das costas e do abdômem;


4.Coordena os dois lados do corpo e, assim, facilita o desenvolvimento da lateralidade;


5.Melhora a habilidade de escrita, através do fortalecimento de ombro, braço e estabilidade de punho;


6.Auxilia na habilidade de controle motor fino, já que a atividade fortalece a musculatura intrínseca da mão;


7.Reduz a sensibilidade tátil através do tato profundo provocado pelo o atrito da mão ao chão;


8.Integra vários reflexos primitivos. A integração destes é vital para o ganho de complexas habilidades motoras;


9.Fortalece tronco, ombro e braço; habilidades essas necessárias para um bom controle postural;


10.Facilita a comunicação dos dois hemisférios cerebrais, cruzando assim, a linha média cerebral e gerando habilidades para uma boa leitura;


11.Aumenta tônus muscular, força muscular e coordenação corpo


http://planeta-sensorial.blogspot.com

domingo, 17 de julho de 2011

Prevenção de distúrbios do desenvolvimento: Hábitos de rotina e estimulação durante a alimentação.


Durante o ato de alimentar a criança, é importante:

- Na faixa etária neonatal e no início da latência, alimentar o bebê sempre o segurando no colo.

- Conversar e sorrir para o bebê enquanto é alimentado, dizendo-lhe o que está comendo.

- Afagá-lo e tocá-lo durante a alimentação.

- Proporcionar atitudes de acomodação do bebê na situação alimentar, colocando-o na posição adequada, conforme o nível de seu desenvolvimento (no colo mantendo-o bem seguro em “enrolamento”, com a cabeça bem sustentada e os pés contra um apoio; no bebê conforto ou no cadeirão). O que facilita a sucção, deglutição e a aquisição gradativa da independência neste ato.

- Promover exercícios para que use suas mãos no ato de comer, através da utilização gradativa, respeitando a idade e maturidade funcional das habilidades, de alimentos semi-sólidos e sólidos (geléias, papinhas, frutas, pedaços de pão, bolachas), fazendo-a imitar os atos adultos, incentivando-a na integração dos hábitos familiares.

- Proporcionar atividades para treinamento de tomar liquidos por meio de copos ou xícaras.

- Exercitar uso adequado da colher, garfo e outros utensílios.

- Promover atividades para desenvolver a colaboração da criança nos atos de arrumar e tirar a mesa, estimulando-a a realizar tarefas simples, como as de colocar ou retirar da mesa utensílios menores e inquebráveis, desenvolvendo assim hábitos de cooperação nas tarefas da vida diária.

Alimentar uma criança não somente a nutre fisicamente, como também dá a ela a percepção do seu amor e interesse. A hora da refeição deve ser uma importante ocasião para aprendizagem e socialização.

Usualmente é melhor segurar o bebê em seu colo enquanto o alimenta. Sente-se em uma cadeira confortavelmente para que você possa relaxar e segurando-o em seus braços. Certifique-se de que o leite esteja na temperatura ambiente e goteje facilmente pelo bico da mamadeira, mas não numa torrente rápida. O bebê provavelmente tomará parte ativa de sua própria alimentação. Quando o bico toca a sua bochecha ou o canto de sua boca, ele se volta ao encontro dele novamente.

A alimentação levará de 20 a 30 minutos e é importante que você continue a segurá-lo até que tenha terminado e se sinta satisfeito, e então estará pronto para dormir ou brincar.

Algumas crianças explicitarão claramente sobre o tipo de comida que gostam ou não gostam, outras comerão qualquer coisa. Fale com a criança mais frequentemente agora, na hora de sua alimentação. Ela estará mais alerta enquanto come e pronta para notar o que acontece ao seu redor.

Faça a hora da alimentação uma ocasião que você e a criança aproveitem o contato e as informações sensoriais que esta proporciona.

Quando fizer seis meses, vai alcançar sua própria mamadeira e com um pequeno esforço guiá-la até sua boca. Ela pode alcançar a colher e a mamadeira e jogá-las longe se não quiser. Você pode se sentir tentada a segurar seus braços para que não atrapalhem, mas isso não seria uma coisa inteligente a se fazer. É melhor não lutar com ela e sim lhe dar alguma coisa para segurar, como um pedaço de pão, ou um brinquedo ou outra colher.

Se você abrir sua boca quando lhe dá comida, ela deve imitá-la. Com sete ou oito meses pode sentar em seu cadeirão para se alimentar de sólidos, embora ainda relaxe em seu colo para a mamadeira.

Com essa mesma idade estará apta a se alimentar com um biscoito e você deve deixá-la fazer isso, pois lhe dá outra oportunidade de tomar parte ativa de sua própria alimentação. Ela pode não comer muito, mas irá olhar, sentir o sabor, o cheiro, mordê-lo e fazer os movimentos de mastigação e deglutição. Ela melhora com a prática e aproveita melhor o alimento consumido, pode fazer coisas por si mesma. De pequenas coisas como estas, a criança tira experiências que irão ajudá-la a construir um senso de autoconfiança e ensinar o que pode fazer.

Mais tarde, quando tiver 10 ou 12 meses estará apta a pegar pequenas porções de comida não triturada, como migalhas sobre a mesa, com pedaços que terá de mastigar antes de engolir. Mastigação é geralmente bem desenvolvida aos oito ou nove meses, tendo dentes ou não.

A parte ativa da criança na refeição deve ser uma coisa a que esteja acostumada. Você pode lhe dar alimento para comer com os dedos, como pedaços de carne, vegetais, frutas ou cereais. Ela também pode ter a chance de se alimentar com a colher, mas você deve estar lá para ajudá-la (e não fazer por ela). É uma arte saber quando deixá-la fazer sozinha e quando fazer por ela.

Para você a hora da refeição pode parecer mais difícil quando ela tem entre 12 e 18 meses. Já pode andar sozinha e brincar quando estiver sentada em seu cadeirão. É mais independente e decidida, e não tão cooperativa quanto costumava ser. Insiste em alimentar-se sozinha, e também durante esta época está interessada em jogar coisas e comidas e especialmente em enfiar sua mão em alimentos macios.

Por algum tempo sua auto-alimentação será uma mistura de alimentação com colher, com os dedos e com xícara/copo. Aos dezoito meses deve estar bem acostumada a levar comida até sua boca sem derramá-la, mas algum alimento invariavelmente cairá no chão, em seu rosto ou no seu cabelo. Por outro lado, alimentá-la completamente vai mantê-la muito infantil e passiva. Tente alcançar um meio-termo e tolerar a bagunça que será momentânea.

A partir de 21 a 24 meses, a criança que teve uma ajuda adequada na aprendizagem pode alimentar-se sozinha bastante melhor na maior parte do tempo. Ela estará apta a sentar-se à mesa. Dê pequenas porções de comida no começo e aumente gradativamente de acordo com as necessidades da criança. A hora de se sentar-se à mesa com os outros é importante, porque pode ouvir conversas e risadas. Algumas coisas serão ditas a ela, que permanecerá a maior parte do tempo olhando e ouvindo entre colheradas.

Se a criança está no grupo de uma creche, estará com outras crianças. O momento da refeição ocorrerá mais tranquilamente quando somente duas ou Três crianças são alimentadas juntas. Quando crianças um pouco mais velhas estão presentes, é sempre mais fácil arranjar uma refeição agradável para todos, inclusive bebês. Algumas vezes os mais velhos podem ajudar os mais novos. Contudo, crianças com dois anos estão numa fase que tende a torná-las mais facilmente irritadas ou superexcitadas. Quando isso acontece, a criança deve ser confortada e acalmada. Se estiver cansada, pode precisar descansar mais do que comer naquele momento.

Não espere que toda criança coma no mesmo ritmo. Uma criança pode passar quinze agradáveis minutos comendo um prato cheio de cereais, enquanto a criança ao seu lado pode precisar de ajuda após a primeira colherada.



Comendo sozinho como um adulto: Para uma criança ser capaz de comer sozinha, ela precisa ter alcançado diversas etapas do seu desenvolvimento. Primeiro deve ter controle postural o suficiente para sentar-se sem apoio. Precisa de estabilidade e de mobilidade nos ombros, bem como um controle gradual dos músculos para movimentos suaves (ter a capacidade de controlar o movimento do talher do prato à boca). Por esse motivo, usa-se como orientação o apoio mão sobre mão, para auxiliar a criança a aprender o movimento correto até a boca. Contudo, deve ser utilizado sempre e, gradativamente diminuindo o apoio até a aquisição da independência.



Referências para a Pré-alimentação e a Alimentação do seu Filho durante o Primeiro ano

Recém-nascido a Três meses

- Leva as mãos à boca.

- Brinca de bruços – rosto, bochecha e lábios recebem muitos estímulos táteis, o que ajuda a preparar a boca para a habilidade sensorial e motora.

- Segura brinquedos e os leva à boca.

Quatro a nove meses

- A brincadeira com a mão na boca continua.

- Introdução de alimentos semi-sólidos e sólidos.

- Começa a morder bolachas (lateralização da língua).

- Os lábios começam a se fechar ao redor da colher.

- Começam os comportamentos de mastigação, progredindo dos movimentos verticais, para os diagonais e depois rotativos (por volta dos sete aos oito meses).

- Pode começar a beber na canequinha.

- Pode começar a se alimentar com a mão.

- Segura a colher.

Dez a doze meses

- Consegue comer sozinho com as mãos.

- Segura a canequinha para beber.

- Pode segurar sozinha a mamadeira.

- Imita mexer com a colher (com uma colher e com uma canequinha).

- Come alimentos com texturas variadas.

- Tenta se alimentar com a colher.















Checklist para Melhorar a Alimentação do Seu Filho no Primeiro Ano

O que você pode fazer

- Procure tornar calmo o momento que antecede a alimentação.

- Crie um ambiente preparado para a alimentação.

- O bom posicionamento tanto para você quanto para a criança/bebê ajuda a estimular uma experiência agradável para os dois.

- Seja consciente nas suas ações e na sua programação da hora da alimentação.

- Quando começar com os alimentos semi-sólidos, coloque seu filho no bebê conforto- especialmente se ele for agitado. O assento dá estabilidade, ajudando o bebê a sentir-se mais seguro durante essa transição.

- Lembre-se, seu filho vai “dizer” quando está pronto para sentar na vertical em um cadeirão.

- Consulte o pediatra antes de introduzir qualquer novo alimento (seu filho pode ter alergia).

- Para ajudar a familiarizar seu filho a novos alimentos, coloque-os na tampa do cadeirão para que ele possa vê-los e tocá-los antes de por na boca.

- Estimule o bebê/criança a experimentar novos sabores, mas não o force.

- Não use a comida como recompensa.

- Seja modelo de bom comportamento e tente ignorar os comportamentos indesejados do seu filho.

- Não dê ao seu bebê sucos e outras bebidas que contenham muitas calorias.



REFERÊNCIAS: Brêtas, J.R.S. Cuidados com o desenvolvimento psicomotor e emocional da criança: do nascimento a três anos de idade. São Paulo: Iátria, 2006.

Liddle, T.L; York, L. Coordenação Motora. São Paulo: M.Books, 2007.

Fique atento! ... Sintomas que sugerem a necessidade de avaliação da Integração Sensorial.

Sinais de alerta da disfunção de Integração Sensorial:


1. Bebê que têm cólica excessiva, difícil de acalmar, que se assusta facilmente;


2. Dificuldades em regular os ciclos do sono;


3. Reage excessivamente a toque, gosto, sons, odores;


4. Detesta banho, cortar cabelo e unhas;


5. Não usa forma apropriada ao manusear objetos, colorir, interagir com pessoas;


6. Baixo tônus muscular, cansa-se facilmente;


7. Atraso nos marcos do desenvolvimento ou aquisição prematura demais;


8. Problemas na fala na ausência de outros diagnósticos;


9. Dificuldade em aprender novas tarefas motoras;


10. Desajeitado, cai frequentemente, bate-se na mobília ou nas pessoas;


11. Não gosta de atividades motoras apropriadas para a idade;


12. Medo excessivo em escadas rolantes;


13. Não sabe brincar, não usa brinquedos de forma construtiva. A habilidade de brincar é geralmente um bom indicador de bom processamento sensorial.


Fonte: Utilização dos princípios da Integração Sensorial em crianças com Paralisia Cerebral. AACD. Louise Jimenez - Terapeuta Ocupacional.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Disfunção de Integração Sensorial

Disfunção de integração sensorial podem ser divididos a grosso modo em:

- Distúrbios de modulação e sistemas sensoriais;

- Transtornos da práxis;

Que podem ou não aparecer juntos na mesma criança. Por exemplo, uma criança pode ser defensiva ou insegura gravitacionalmente (modulação de desordem dos sistemas tegumentar e vestibular, respectivamente) e sem problemas de planejamento motor (distúrbios praxis).


Modulação é o processo neurológico através da qual o sistema nervoso se adapta as suas respostas ao ambiente interno e externo que está mudando constantemente. Permite organizar as respostas aos estímulos.

Permite a auto-regulação, ou seja, auto-controle e regulação do comportamento para alcançar a adaptação social.

Dá vontade de se envolver com significado e propósito. Quando estas respostas comportamentais não são graduadas e adaptável há um distúrbio de modulação sensorial.

Distúrbios de modulação sensorial pode ser expressa como:

- Hiporesponsividade,

- Hiperesponsividade ou

- A flutuação da resposta sensorial.


Qualquer um desses distúrbios afetam o desenvolvimento emocional e social das crianças, limitando a auto-regulação e funcionamento em um nível ideal de alerta.

Um nível ótimo de atenção é um requisito fundamental para o acesso a comportamentos de aprendizagem, afeto positivo, melhor processamento sensorial, etc .


Crianças hipo-responsiva a estímulos sensoriais, expressam comportamentos de busca de experiências sensoriais, são mais hiperativas, disperso e desorganizado motoramente.


As crianças hiper-responsiva aos estímulos sensoriais costumam reagir de forma agressiva, como defesa e proteção aos estímulos que encontram ameaçador.


Praxias Quando as informações sensoriais não estão devidamente discriminadas, para distinguir entre as características espaciais e temporais de estímulos sensoriais, e organizar esses recursos (organização perceptiva de experiências sensoriais), então estamos diante de uma disfunção de prática ou dispraxia do desenvolvimento.

Ocorrem quando a criança apresenta pobre discriminação de estímulos cutâneos e / ou um baixo registro de informações sensoriais proprioceptivas-vestibular.

A desregulamentação tanto sensoriais e dispraxia (dificuldade no planejamento motor) irá afetar a interação com os outros, pois a criança irá responder a interação de uma maneira diferente do esperado.

Portanto, como a biologia opera a criança (integração sensorial) é fundamental na forma como eles interagem com o ambiente em ligação e interação social, com foco no desenvolvimento emocional, cognitivo e social.

Crianças com problemas de integração sensorial requerem intervenção terapêutica que lhes permitam compreender e gerir a sua regulamentação e praxia, a fim de continuar o desenvolvimento e alcançar a aprendizagem adaptativa. http://www.inserta.cl/extras/articulos/descarga_docs/terapia_ocupacional/te_007.doc

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Integração Sensorial

Os quatro níveis do desenvolvimento sensório-motor

Nível 1 – de 0 a 2 meses: Sistemas sensoriais primários.
- Sensação tátil
- Sensação vestibular (equilíbrio e movimento)
- Sensação proprioceptiva (posição do corpo)
- Sensação visual e auditiva.

Nível 2 – de 2 meses a 1 ano: Bases percepto-motora.
- Percepção corporal (conhecimento corporal)
- Coordenação Bilateral (uso dos dois lados)
- Lateralidade (preferência manual)
- Planejamento motor grosso (práxis)

Nível 3 – de 1 a 3 anos de idade: Habilidade percepto-motoras
- Percepção auditiva
- Percepção visual
- Coordenação oculo-manual (uso do lapis)
- Integração visomotora
- Atividade com propósito

Nível 4 – de 3a 6 anos de idade: Habilidade acadêmica
- Habilidades acadêmicas
- Habilidades motoras complexas
- Comportamento organizado
- Especialização do corpo e do cérebro
- Autoestima e autocontrole.

Integração Sensorial:

- Organiza o comportamento
- Regula o nivel de alerta
- Beneficia o planejamento motor e a coordenação
- Beneficia o desenvolvimento das atividades de vida diária.

Modulação Sensorial:

As deseordens na modulação sensorial podem aparecer como:
- Hipo responsividade
- Hiper responsividade
- Flutuação da resposta sesorial
Qualquer destas desordens afetará o desenvolvimento emocional-social da criança, limitando sua capacidade de auto-regulação e autofuncionamento em um nível ótimo de alerta.

Nível de alerta:

As crianças hipo-responsivas aos estimulos sensoriais, expressam suas condições biológicas com condutas em busca de experiências sensoriais, se mostram mais hiperativos, dispersos e esorganizados motoramente.

As crianças com hiper-responsividade aos estimulos sensorias, geralmente expressam estas condições biloógicas com respostas protetoras ou defensivas frente aos estímulos que lhes parecem ameaçadores. Estas respostas protetoras podem tomar forma de agressão e/ou fuga.

Princípios para a Terapia da IS:

O Terapeuta cria um ambiente de confiança e respeito através de interações com a criança.
As atividades são negociadas, não planejadas.
É de responsabilidade do Terapeuta: modificar o trabalho, as interações, e o ambiente baseado nas respostas da criança.
As atividades são sua própria recompensa, e o terapeuta assegura com êxito a criança em qualquer atividade. Alterando-as para estar de acordo com as habilidades da criança.

http://www.scribd.com/doc/31738654/Sesion-6-Teoria-de-Integracion-Sensorial

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Integração Sensorial

A teoria da integração sensorial foi desenvolvida pela Terapeuta Ocupacional - Ayres - para crianças com disfunções sensório-integrativas e com o objetivo de promover o desenvolvimento da percepção e organização do comportamento. A autora afirma que, a capacidade do indivíduo participar nos seus diferentes contextos estará dependente das capacidades neurobiológicas de processar e integrar informação sensorial, ou seja, para originar novas formas de interação no ambiente a pessoa necessita saber planejar (planeamento motor) e sequenciar as atividades para as poder executar (Praxis).

Portanto, para ocorrer a integração sensorial; a criança deve estar sendo estimulada por um terapeuta, que intervém e proporciona que a criança elabore e adapte respostas em um ambiente seguro (sala de IS) para que possa generalizar em seus ambientes sociais.



Na teoria da IS é dada ênfase aos sistemas vestibular, proprioceptivo e tátil. Com uso de equipamentos suspensos, rampas, escorregadores, almofadas, texturas, jogos...

Atenção: Atividades pré-planejadas não são Integração Sensorial. Pois isto deve ocorrer como brincadeira, livre e segura. A crianaç explora e o terapeuta o proporciona situações para que respostas adaptativas sejam geradas.

A avaliação é minunciosa, detalhista e observadora. Segue entrevista com os pais e professor (se necessário), observação clínica estruturada ou não estruturada para que uma hipótese diagnóstica/ diagnóstico, dê início ao tratamento; levando em consideração as expectativas da família, escola e terapeuta; para com o desenvolvimento da criança.

Na Integração Sensorial, não se ensina, e sim, se integra os componetes sensorias para fornecer à pessoa uma melhor adaptação em seus contextos.



Curso: Observações Clínicas em Integração Sensorial - por Gustavo Reinoso. Local: Campinas - 2010.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sistema tátil

O sistema sensorial tátil é de extrema importância para o desenvolvimento da criança.




É através dele que a criança percebe o seu corpo (esquema corporal), para posteriormente poder planejar seus atos motores.


Quando seu funcionamento está inadequado (má registro ou discriminação) pode-se observar dificuldades em:

- reflexos primitivos;

- higiene (cortar cabelo, unhas...)

- atividades motoras finas;

- descarga de peso;

- movimentos organizados;

- percepção visual;

- segurança emocional;

- planejamento motor;

- destreza social...


Se diferenciando em:


- Hiper sensitivo: Distraído, se retira quando é tocado. Pode evitar certas texturas, roupas ou alimentos. Evita sujar-se. Irrita-se durante tarefas de higiene. Evita andar descalço.


- Hipo sensitivo: Consciência de dor ou temperatura diminuídas. Busca sensações táteis. Toca em pessoas e objetos. Evita sapatos. Parece não notar quando o rosto ou mão estão sujos.